Ofício da Imaculada Conceição


 Ofício da Imaculada Conceição

Segundo uma antiga tradição na Igreja, somos chamados ao rezar o Ofício da Imaculada Conceição, a proclamar os grandes louvores da Virgem Maria, Mãe de Deus.

O Ofício da Imaculada foi escrito originalmente em latim, na Itália do século XV, pelo franciscano Bernardino de Bustis, com o intuito de proteger a doutrina da Imaculada Conceição, dos inúmeros ataques que vinha sofrendo da parte dos hereges desde o século XII.

A pedido dos fiéis devotos da Virgem Imaculada, a Oração foi aprovada pelo Papa Inocêncio XI, no ano de 1678. Dois séculos mais tarde, em 31 de março de 1876, o Ofício foi enriquecido pelo Beato Papa Pio IX com 300 dias de indulgência, cada vez que fosse recitado.

Na reforma do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI modificou a doutrina acerca das indulgências e concedeu indulgência parcial àqueles que rezarem com fé o Ofício da Imaculada Conceição.

O Ofício é uma oração composta para ser cantada ou recitada (de uma só vez ou seguindo a Liturgia das Horas), a fim de proclamar os louvores da Mãe de Deus e defender a fé da Igreja, na Imaculada Conceição da Virgem Maria.

De acordo com a tradição da Igreja, os cristãos católicos rezam particularmente o Ofício todos os sábados, mas é louvável e recomendada a recitação diária da Oração. Pois, o Ofício da Imaculada Conceição é uma forma poética de proclamar a fé da Igreja na pureza e na santidade singular da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo.

Em conformidade com a fé da Igreja, muito antes da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, no ano de 1476, a festa da Imaculada Conceição foi incluída no Calendário Romano.

No século seguinte, em 1570, o Papa Pio V publicou o Novo Ofício e, em 1708, o Papa Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja, tornando-a obrigatória.

O Concílio de Trento, em 17 de junho de 1546, confessou sobre a Virgem Maria: “Foi ela que, primeiro e de uma forma única, se beneficiou da vitória sobre o pecado conquistada por Cristo: ela foi preservada de toda mancha do pecado original e durante toda a vida terrestre, por uma graça especial de Deus, não cometeu nenhuma espécie de pecado” (DH 1573).

No ano de 1854, o Papa Pio IX declarou solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria Santíssima, através da Bula Ineffabilis Deus, no dia 8 de dezembro de 1854 (cf. DH 2803).

O dogma da Imaculada Conceição de Maria é a declaração do dogma de fé da Igreja na virgindade perpétua da Mãe do Filho de Deus. A Igreja reconhece de maneira infalível que Nossa Senhora foi preservada imune da mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua conceição e foi revestida de uma santidade inteiramente singular. Todavia, desde os primórdios do cristianismo, os Santos Padres e Doutores da Igreja sempre ensinaram que a Virgem Maria é toda pura e santíssima, imune de toda e qualquer mancha de pecado.

Antes da proclamação do dogma, no dia 27 de novembro de 1830, Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina Labouré, na Capela das filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris.

Nesta aparição, Maria pediu a Catarina que mandasse fazer e propagar a devoção à “Medalha Milagrosa”, precisamente com a inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Com estas palavras, Nossa Senhora confirma a doutrina da Igreja a acerca da Imaculada Conceição.

Mais tarde, Nossa Senhora revelou seu nome a Bernadette Soubirous, no dia 25 de março de 1858, na sua 16ª aparição em Lourdes, na França: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Dessa forma, a própria Virgem Maria confirma o dogma da Imaculada Conceição, proclamado pelo Beato Pio IX quatro anos antes.

Portanto, segundo antiga tradição na Igreja, todos nós cristãos somos chamados a proclamar as grandes maravilhas realizadas na Virgem Maria através do Ofício da Imaculada Conceição. “Uma antiga tradição diz que Nossa Senhora se ajoelha no Céu quando alguém na terra reza o Ofício”.

Além disso, as indulgências conferidas pela Igreja às pessoas que rezam o Ofício atestam o grande valor dessa oração.

Na certeza da eficácia e da grandeza desta oração, rezemos com fé, o Ofício da Imaculada Conceição, pedindo a Virgem Mãe de Deus especialmente pelos pobres, pelos pecadores, pelas almas do purgatório e pelas nossas intenções particulares.

Nossa Senhora, rogai por nós!

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